terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Misteriosa Existência

Foto: França - Musee D'Orsay Mike G.

Ao final de mais um ano por muito que não se queira, sempre acontece de nossos pensamentos e sentimentos nos levarem a reflexão sobre nossas vidas, sobre o que temos feito dela. E observo que o nosso único e incontestável poder está em nosso coração, e assim quando nos deixamos conduzir por ele, a energia do amor nos invade e tudo ganha força e relevo, porque do amor nasce a imprescindível liberdade, porque ele nutre, contagia, cura, porque qualquer coisa sem o amor, se perde... Quando olhamos para trás, percebemos que tudo passa; maus momentos, bons momentos; a própria vida passa e tão veloz e vertiginosa! Quantos anos se passaram num segundo??? Num segundo que sequer percebemos! E o que fica realmente, são as coisas mais simples, pequeninas e singelas lembranças no inventário de nossas vidas: um abraço confortante quando sentimos dor, saudades; um sorriso cúmplice, um olhar amoroso, uma árvore, um animal, uma poesia, um cheiro de café e pão quentinho numa tarde inesquecível de nossa juventude, um dia deitado na grama olhando o céu estrelado, palavras de apoio quando nos sentimos desestimulados, uma crise de risos em família, admirar os seres amados dormindo, fotografias que máquina nenhuma pode registrar olhares, olhares, olhares... gestos... aquele dia que a chuva nos pegou de surpresa e de repente foi um grande prazer se sentir vivo, aquela tarde vendo um belíssimo pôr de sol abraçado a um amigo e tantas, tantas singelas lembranças!

Foto: México - Rosein Midair

E a vida está passando aqui e agora, indiferente frente a nossa indiferença ao fato que não podemos adiar entendimentos nem o desfrutar a própria existência em sua inapreensível grandeza e mistério - nosso destino comum. É preciso caminhar confiante, rumo ao auto-encontro com a perseverança de quem sabe que tudo é aprendizado, e então, como crianças inocentes, nós abrimos o coração para aquilo que não podemos compreender; o imponderável dessa misteriosa e admirável existência!!! Assim pasmos de tudo e perplexos, sigamos, cantando, rindo, amando, celebrando e lançando sementes para que a Grande Família Humana possa alcançar a paz! E o rio da vida continua majestoso, fluindo rumo ao Grande Oceano!!! “Paz na Terra, aos homens de boa vontade!” Obrigada Ano Velho, bem vindo Ano Novo!

Com amor, Margareth

Foto: Austrália - Drora







Cântico VI

Tu tens um medo
Acabar.
Não Vês que acaba todo dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.

Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Cecília Meireles

Foto: Brasil - Jeroen Krol

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ainda não somos sequer modernos, ou que abismo é esse?

Foto: Thijmen - França

.

. Fico muitas vezes, horas refletindo sobre essas nomenclaturas, eu penso que a humanidade nem sequer amadureceu a denominação de Modernidade, quando a civilização deu por si, e passou a pensar o ser e suas implicações de estar no mundo, seus códigos, seu existir. Creio que a humanidade esqueceu de si mesma, num mundo cada vez mais artificial em formas, conceitos, comportamentos, tudo se transforma rapidamente em produto, gerando artificialidade por todo canto. Caminhamos atônitos, apressados, sem tempo de sentir, sem tempo de pensar o ser, o existir; teorizando, relativizando, sem perceber a efemeridade da vida, sem nos dar conta que somos uma grande família (humana) que habitamos a mesma casa (Terra) que partiremos breve e que nosso egoísmo é muito velho. Não, nós ainda não somos modernos. Seria então a Modernidade tão precocemente descartada para assumir uma espécie de falência da obra em curso, sepultando as chances da humanidade ser de fato moderna? Como então, pode ser pós-moderna se nem ao menos alcançou o que é modernidade, se não cumpriu esse papel? Teria a pós-modernidade o papel de subsumir a modernidade? A modernidade implodiu? Mal o homem se deu conta do pensar e de suas racionalizações; teriam elas o impulso de atirá-lo no abismo da pós-modernidade?


Foto :Kheit Pelczarski - Estados Unidos

Para mim depois de Modernidade o natural seria supermodernidade! Mas vejamos, nunca fomos completamente modernos, fazemos guerras inúteis e cruéis, ingressamos numa era de representações humanas, onde mesmo a bondade se transformou em produto, empresas se engajam na responsabilidade social ou ecológica, apenas porque lhe rende marketing, claro que não posso radicalizar creio na boa fé de muitos, mas caímos no reino dos interesses acima de qualquer coisa. Basta ver no Brasil, por exemplo, a população que cresce nas favelas e beira de estradas num nível de miséria vergonhoso, em sua maioria negra. Enquanto isso, a hipocrisia viceja criando cotas para negros nas universidades, quando a medida a ser tomada deveria ser a inclusão da história real dos negros e índios no currículo escolar desde o primário, outorgando-lhes a dignidade a que têm direito, além disso, criar oportunidade de base escolar e inclusão social, ou seja, começar pelo começo. O racismo é outra prova de que não atingimos a Modernidade, e o embraquecimento social, continua sendo a medida e o passe para que os negros sejam assimilados, seja pela riqueza ou pela fama, e os índios, esses, meu Deus, foram de tal forma triturados pelo sistema, que além de dizimados, estão como algo amorfo no imaginário coletivo, algo talvez como uma lenda.

Não, a evolução da humanidade não atingiu a Modernidade, a despeito de pensadores excepcionais, de teorias espetaculares, de avanços tecnológicos, continuamos engatinhando, enquanto houver destruição e abandono do homem pelo homem, com a omissão institucionalizada, enquanto fingirmos que está tudo bem, se nesse exato momento milhares de seres morrem de fome, crianças sofrem todo tipo de violência, o planeta é arruinado sistematicamente; tempos mórbidos de barbárie e alheamento.

Com o filósofo René Descartes, a civilização descobriu que pensa e logo existe, aprendemos a racionalizar, e tanto e por tantos métodos, como se milhares e milhares de auto-estradas se entrecruzassem, e onde, onde se perdeu o homem? A humanidade se encontra ainda em seu ensaio de vôo. Antes de aceitar a denominação de pós-modernidade, a humanidade precisa pensar a si mesma como uma possibilidade de vôos mais altos, de um pensar que permite também sentir, permite enlouquecer no melhor dos sentidos da palavra, sair da fôrma pronta em que nos metem desde cedo. Sim, penso logo enlouqueço, assim escapo um pouco do senso comum, e encontro transversais que permitam ao menos sonhar com novos vôos da humanidade.

No dia protocolado e dedicado a Consciência Negra, penso no dia da Consciência Humana que inclui a todos no pensar a raça humana igual, sem separar por castas, etnias, ideologias. Lembrando como pensou o filósofo Heidegger que “o homem é um poema inacabado” sempre podemos introduzir nesse poema o belo, ainda que o grotesco insista em nos rodear!


Foto: Laura Lizancos - Espanha

Paciência (Lenine - Dudu Falcão)

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...
Foto: Hazel - Dublin

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O que deixaremos para as crianças do futuro?




Na Eco-92 , Severn Suzuki comoveu a todos com seu discurso, até hoje quando assisto, não consigo conter minhas lágrimas, principalmente, porque assustadoramente, tudo que ela denunciou, está cada vez mais grave e seu alerta, tão contundente, tão sofrido e corajoso permanece sem resposta.


Precisamos urgente encontrar essa menina e seu grupo, não há mais tempo para tornar a infância dela e de sua geração mais tranqüila, pois hoje, passados 16 anos Severn Suzuki e seus amigos, têm em torno de 28 anos, e possivelmente, já tenham filhos.


Faz muito tempo que a procuro na internet sem sucesso, gostaria de pedir aos amigos que me ajudassem a encontrá-la, para dizer a ela que conta comigo e com toda certeza com todos vocês, para juntos construirmos soluções. O planeta precisa de muitas Severns Suzukis, para conter a avassaladora e absurda destruição e abandono do homem pelo homem. Quando se destrói a própria morada, que mais esperar da humanidade? Quando os dirigentes máximos dos países representados na Eco-92 não tiveram a sensibilidade de criar uma Lei Severn Suzuki de Consciência Planetária, para implementar ações por ela apontadas como emergenciais, o que mais esperar dos organismos oficiais?


Cabe a cada um de nós, colocarmos todo nosso coração e empenho em nos unir a ela e a todos que acreditam num mundo melhor, e ir fazendo o trabalho de formiga onde quer que estejamos da melhor forma que pudermos. Basta sermos capazes de conceber que é possível!!!




Do irreal resulta a impotência; o que não somos capazes de conceber não podemos dominar.



Wilhem Reich




Foto: Eslwinshot - Filipinas

Aos nossos filhos

Composição: Ivan Lins/Vitor Martins

Perdoem a cara amarrada
Perdoem a falta de abraço
Perdoem a falta de espaço
Os dia eram assim

Perdoem por tantos perigos
Perdoem a falta de abrigo
Perdoem a falta de amigo
Os dias eram assim

Perdoem a falta de folhas
Perdoem a falta de ar

Perdoem a falta de escolha
Os dias eram assim

E quando passarem a limpo
E quando cortarem os laços
E quando soltarem os cintos
Façam a festa por mim


E quando lavarem a mágoa

E quando lavarem a alma
E quando lavarem a água

Lavem os olhos por mim

E quando brotarem as flores
E quando crescerem as matas

E quando colherem os frutos
Digam o gosto pra mim!

Digam o gosto pra mim!







Foto: Zerega - Síria


quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Outros Pássaros

Foto: Lisa Solonynko Suspeite da quietude e mansidão
Suspeite na calada da noite
Se puder ouvir com calma o coração

Não acredite muito

Se no meio das sombras

Não houver olhos a te espionar

Suspeite do silêncio
Da calmaria
Você pode estar sendo vítima de uma trama
Que te quer calmo e covarde
Não fique parado muito tempo
Que apodrece e cria raízes que aprisionam
Não seja tão acelerado para não s
e diluir
Ah! Os pombos proliferam nas cidades

E as pessoas lhes dão o que comer
Se chove, correm para os parapeitos
Se o tempo é bom, é indiferente

Se reúnem, e ouve-se seus ruídos uniformes
Que se repetem, se repetem, se repetem...
E os abutres? Os abutres, sobrevoam ávidos!

Sim! Há outros pássaros!

Margareth Bravo



Foto: Daniel Gomes RJ.

domingo, 26 de outubro de 2008

A vida é curta, curta a vida!!!

Noite chegou outra vez, de novo na esquina os homens estão, todos se acham imortais...”

Milton Nascimento.


Nunca é demais lembrar que a vida é curta. Lamentavelmente curta o suficiente, para que não possamos : ler todos os livros ( a bienal que o diga), assistir a todos os filmes, conhecer todos os lugares, ouvir todas as músicas, admirar todos os pássaros, fazer todo amor que desejarmos, descobrir todas as pessoas, escutar todas as poesias, não dá para completar a lista, a vida é curta para isso também.


Foto: Peter JFontijn - Espanha


Eu fico a me perguntar, como existem pessoas que encontram tempo para serem maquiavélicas. Como determinado tipo de gente consegue coragem para ser mau-caráter, sem sequer avaliar o constragimento que poderá causar em seus familiares. Já parou para pensar, a desgraça que é ser parente de um político maquiavélico, por exemplo? O estigma que persegue alguém, cujo único pecado, é ser irmão ou filho de um crápula? O sujeito, em nome de fama, poder, grana, coloca em risco, não a própria imagem, que isso (dane-se! ) é problema dele, mas expõe ao ridículo e a dor todos que estão ligados a ele por laços sanguíneos, e como se não bastasse, faz das oportunidades, o acêrvo de sua inutilidade sobre a face da terra. Pior ainda, é fazer pouco caso de Deus. Que mesmo os ateus, devem admitir, pelo menos um Deus científico, ou como se explica a mágica que rege o Universo? Ou ainda, ser um pouco inteligente para perceber, que não temos poder sobre nossas próprias vidas, que somos retirados de cena, sem a menor cerimônia ou consulta prévia. Seja lá quem fôr, Deus ou o que valha, que comanda esse mistério, o fato é que de vez em quando, não sei porque cargas d’água, manda uns sustinhos, uns piripaques por assim dizer. Aí o sujeito passa mal, cai, desmaia, corre até risco de vida, mas não adianta, ele continua a se achar imortal. Deve até pensar : “eu sou mesmo poderoso, nada me derruba! (risos)”. Sempre que penso sobre essas questões, logo, me ocorre a música de Jorge Ben, que diz : ”Se malandro soubesse, como é bom ser honesto, seria honesto por malandragem”. Desde de pequena que escuto : “desculpa de amarelão, é friagem!”. Confesso, que nunca entendi muito bem esse dito popular, mas deve ser isso, coisa de “certos políticos”, deve ser isso!


Foto: Dream of a man - Ruden Fretsbo -Espanha



Quando eu era criança e queria desenhar, me frustei na primeira tentativa, corri para reclamar com minha mãe, sobre a minha incompetência. Ela muito sábia, me disse : “ você tem que tentar várias vezes, e pegar algo como modêlo, insista, você acaba conseguindo”! Agradeço a esse conselho, que serve para tudo na vida. Não, eu não me transformei, numa exímia desenhista, apenas me viro, mas entendi, que com algum esforço, a gente pode sempre melhorar. Hoje, já crescidinha, eu te pergunto minha mãe : será que esse esforço de erros e acertos, servirá também para melhorar o caráter de “certos políticos” brasileiros? Deus permita! Deus permita!




Curta a vida, a vida é curta!
Carpe Diem!!!


Margareth Bravo







Foto :Andre Haut - Barcelona

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Se o mundo votasse para presidente dos EUA‏

A iniciativa dos três jovens da Islândia me impressionou. Ocuparam o tempo de forma construtiva e fizeram o mundo pensar. Matéria do Jornal Diário de Notícias para maior compreensão do evento e o link, caso você queira votar!

http://www.iftheworldcouldvote.com/ ( clique aqui e vote)


O mundo escolhe Obama


HUGO COELHO
http://dn.sapo.pt/2008/09/17/internacional/o_mundo_escolhe_obama.html (leia matéria)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Fim da Polêmica do Centro de Investigação da Fundação Champalimaud em Lisboa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa sublinhou, este domingo, que a construção do centro de investigação da Fundação Champalimaud na parte ribeirinha de Pedrouços vai ser «altamente benéfica» para a capital, antecipando críticas à obra naquela zona da cidade.

«Antecipo que iremos ser todos muito criticados. Os velhos do Restelo não se vão embora. O que é preciso é continuar a haver a ambição dos Gamas», disse António Costa na cerimónia de arranque das obras do centro, que se situa num lugar simbólico, de onde os portugueses partiram para os Descobrimentos.

O autarca admitiu que, inicialmente, os responsáveis da Câmara se «assustaram» com a ideia de construir um edifício à beira Tejo, que obrigou à suspensão do Plano Director Municipal (PDM).

De acordo com o projecto do centro, metade da área vai ser de espaço livre para os cidadãos, onde vão ser construídos jardins.

O primeiro-ministro, também presente na cerimónia, considerou que o centro vai dar um contributo para «transformar Lisboa e Portugal numa cidade e num país mais cosmopolita e mais abertos às tendências internacionais».

«Ao iniciarmos a construção de um centro de investigação» num aniversário da implementação da República, «estamos a homenagear o ideal da valorização da instrução, como os primeiros republicanos sempre valorizaram», disse José Sócrates.

Com esta obra, a Fundação Champalimaud pretende criar um centro de investigação científica de referência, que garanta as condições ideias para que investigadores e académicos nacionais e estrangeiros desenvolvam projectos com aplicação clínica na área das neurociências e da oncologia.

Na apresentação da obra, o arquitecto Charles Correa sintetizou os seus objectivos: «Queremos envolver a cidade e pôr as pessoas a pensar no que se passou aqui nesta zona, na história portuguesa».

O centro de investigação, que dará emprego a cerca de 700 pessoas, deve estar concluído dentro de dois anos, nas comemorações do centenário da República.

Fonte: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1022541

Desça mais um pouco e vá até a página oficial, faça uma visita virtual ao centro que promete ser um sucesso!!!


lugar do conhecimento

ciência, tecnologia e muito mais…

Centro de Investigação da Fundação Champalimaud Outubro 6, 2008

Foi ontem lançada a primeira pedra do futuro Centro de Investigação da Fundação Champalimaud. Trata-se de uma unidade de investigação direccionada para a área da oncologia e neurociências em que se pretende que trabalhem os melhores cientistas das áreas referidas a nível mundial. O Centro Champalimaud ficará implantado num terreno de 60.000m2 na zona ribeirinha perto da Torre de Belém.

Página Oficial do Centro de Investigação AQUI

Visita Virtual AQUI

Notícia SIC AQUI

……


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quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mini ensaio sobre boicote da Federação Nacional do cegos dos Estados Unidos ao filme Ensaio sobre a Cegueira


Nem Saramago, nem Fernando Meirelles mereciam tanta falta de sensibilidade.
Esse boicote só poderia vir dos Estados Unidos. Eles raciocinam em linha reta e imediata. Não sabem simbolizar, por esse motivo simbolizam no real. Num país voltado para as guerras e competição, não é sem razão que seus jovens (emocionalmente cegos) freqüentemente cometem carnificina, encarnando antiheróis franco atiradores. Por que em vez de boicote a grande Arte da reflexão, essa sociedade não faz boicote a destruição do homem pelo homem? Gostaria que a sociedade dos deficientes visuais do Brasil rebatesse em grande estilo, como eu gostaria! O pior cego é aquele que não sabe ler as entrelinhas!!!

sábado, 20 de setembro de 2008

Os animais também amam

ASSIM OS ANIMAIS DIZEM "TE AMO

Animais costumam misturar ternura e agressividade em seu relacionamento amoroso. É a sábia natureza que os faz assim, para garantir que as espécies se reproduzam e sobrevivam. E os obriga a estranhos rituais, marcados por lutas de vida e morte, fantásticos truques de sedução, cuidados com as crias. O amor e o ódio se tocam. O primeiro pode, inesperadamente, transformar-se no segundo. E vice-versa. No reino animal, esta máxima toma a força de quase uma lei.

Quem já teve a oportunidade de presenciar os jogos amorosos de um casal de rinocerontes, por exemplo, percebeu isto: machos e fêmeas dão encontrões violentos, vezes e vezes seguidas, como se estivessem fazendo a guerra e não o amor. Mas quando livres de sua agressividade tudo se transforma. Tal como entre os humano, entre os bichos também não é fácil a vida de um macho conquistador. Dele se espera que seja corajoso, fisicamente forte e dono de uma extraordinária imaginação. Pois quase sempre precisará passar por provas complicadas, sendo obrigado a cantar de forma especial ou a exibir plumagens elegantes, perfumes sedutores, praticar gestos que em qualquer outra situação pareceriam ridículos. Mais comum é ele precisar enfrentar batalhas de vida ou morte com os machos interessados na mesma namorada, ou então com a própria eleita do seu coração.

Veja-se o que acontece com o tigre, por exemplo. Para chegar ao acasalamento, o macho precisa de uma grande paciência para acalmar a fêmea, que rosna, negaceia, dá-lhe patadas. Uma vez consumada a fecundação, ele precisará fugir rapidamente, pois a companheira terá uma invencível vontade de matá-lo. E, ainda assim, se o nosso herói for persistente, acabará por estabelecer com essa parceira uma relação duradoura, capaz de produzir muitos outros tigrezinhos no futuro -- e outras tantas ameaças de assassínio. Um romance entre aranhas pode ter final parecido se o macho, em geral menor e mais fraco, não tomasse o cuidado de se apresentar à sua eleita com um presente galante -- um petisco qualquer para saciar seu apetite.

Rãs, ao contrário, são mais românticas e sexualmente liberadas. Ao macho, basta manifestar seu desejo coaxando de uma maneira especial: se a resposta vier no mesmo tom, tudo bem. Ele precisará então arranjar um companheiro, pois os encontros amorosos da espécie são sempre festivos, coloridos e coletivos. Mas o traço mais característico e comum do amor entre os animais é a agressividade. Que não é gratuita nem questão de temperamento, mas tem uma profunda significação. Ela se destina tanto a proteger um território onde apenas um macho deve reinar soberano, como a selecionar os mais fortes da espécie, para que apenas eles produzam filhotes igualmente fortes; ou, finalmente, a proteger as crias, que jamais podem se confundir com as crias de outro casal. Leões e leoas são assim. Bravos e mal-humorados com estranhos, fazem tudo para defender seu território e suas crias. Essa agressividade, portanto, é indispensável para garantir a sobrevivência das espécies. Mas, se sofrem algum tipo de controle, podem levar também ao caos e ao extermínio.

Por isso mesmo a natureza costuma dotar os animais de bloqueios, para evitar que sua disposição para a luta não ultrapasse os limites da conveniência. E é surpreendente verificar como as formas de vida das diferentes espécies está relacionada com a agressividade dos seus membros. Se machos e fêmeas são pacíficos, formarão colônias; se só o macho é agressivo, formarão haréns; se ambos são agressivos, formarão um par capaz de manter uma longa união monogâmica.

Fontes: Super interessante http://www.ambienteemfoco.com.br http://spaces.msn.com/ambienteemfoco/

Foto: Angel Paulino Domínguez

domingo, 14 de setembro de 2008

O Mundo Vai Ser Gratuito e Dar Lucros

Espero que se atenham ao conteúdo da matéria, ainda não sei como utilizar um blog. Por favor cliquem no link, não consegui inserir pelo diHITT deu erro.

Essa notícia me foi gentilmente cedida pelo amigo Jonno, com o propósito de promover o debate.

Convido todos vocês que se interessam pelo tema para debatermos nossas opiniões sobre esse incrível momento histórico da Economia Mundial. Leiam também os posts Web 2.0 ... e Você conhece Zooppa? para interligar as informações. Obrigada!

http://www.clicrbs.com.br/especiais/jsp/default.jsp?template=2095.dwt&newsID=a2178149.htm&tab=00052&order=datepublished&espid=56&section=Not%EDcias&subTab=04442&colunista=&uf=1&local=1

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Vamos Aproveitar o Mundo Antes que Acabem com Ele?

Foto: Portugal - Paz- Vitor Costa

icommercepage 22 horas atrás disse:



"E gosto de tudo o que você gosta, atualmente, estou numa fase, "Vamos aproveitar esse mundo antes que eles acabem com ele".

Então você é da minha tribo, que anseia por um mundo melhor?

Que maravilha que seja assim! Até porque, como sinaliza o velho ditado: Uma andorinha só não faz verão! E se vamos querer aproveitar o mundo, o primeiro passo é tornar esse mundo melhor, o segundo é se juntar a outras andorinhas. Nosso grande equívoco é querer delegar tudo aos líderes, quando cada um de nós tem sua parte no todo, como no vôo das andorinhas, das gaivotas...

Pela história da humanidade passaram muitos seres que morreram querendo um mundo melhor. Muitos deles, em seu vôo solo, foram assassinados, como Sócrates, Gandhi, Martin Luther King, John Lennon (a lista é enorme). Outros foram presos como Osho e Willhelm Reich este último acabou morrendo na prisão. Tem ainda aqueles que deixaram esse mundo gritando por socorro como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Elis Regina, Raul Seixas, Cássia Eller... tudo por um mundo melhor. E o que dizer da auto-destruição de Michael Jackson, rumo ao seu particular mundo melhor. No fundo, no fundo, todos querem um mundo melhor, é um anseio da natureza humana, que tantas vezes se cala, se acanha, por denotar utopia e pieguice. Mas Camus é preciso quando diz: “Na luz, o mundo continua a ser o nosso primeiro e último amor.”.

O escritor Hermann Hesse e o filósofo Heidegger nos falam da perda dos valores e do sentido do viver em comunidade, de uma vida autêntica que valha viver de verdade, da vida que a gente colhe e apreende, como se atingidos a cada momento pelo inexorável fato de que somos mortais, que é uma vida muito curta para desperdiçarmos disfarçando que não sabemos nosso destino. Estar angustiado nesse mundo é legítimo, essa angústia de ansiar por um mundo melhor, e viver a cada segundo, sua preciosidade, a preciosidade de exister e a consciência da efemeridade da existência, que os dias não são apenas dias, mas possibilidades infinitas que jamais se repetirão, dias são insubstituíveis na beleza ou na dor. Dias são para plantar, para colher, para criar, rir, amar, crescer... dias são presentes da vida, na ante sala do morrer.

com carinho Margareth


Refletindo com Hesse:
"Mas na realidade não há nenhum eu, nem mesmo no mais simples, não há uma unidade, mas um mundo plural, um pequeno firmamento, um caos de formas, de matizes, de situações, de heranças e possibilidades." Hermann Hesse

Das Possibilidades do Fim do Mundo


Praia da Luz - Portugal - Virgínia B.

Compartilhando opiniões no diHTTI



Curiosa a data. Por um triz o experimento LHC não foi num 11 de setembro. Essa questão do fim do mundo está mesmo me tocando, por isso resolvi compartilhar e postar a troca que fiz com a Nanda.

Possibilidade do Fim do Mundo provoca suicídio, celebração e oração na Índia. enviado por Meglee 5 horas atrás (noticias.br.msn.com) Os efeitos da LHC, já se fazem sentir. Para essa jovem já foi o fim do mundo lamentavelmente. Como será que os cientistas vão dormir com um fato como esse? Será que a família poderia pedir uma indenização? Nesse caso a quem, aos meios de comunicação, aos cientistas? Um experimento dessa proporção deveria ser antes amplamente divulgado com todas as informações possíveis e se de fato o risco de uma catástrofe é procedente, então deveria ser interrompido imediatamente, pois aí fica evidente o crime de lesa-humanidade.

escrito por NandaNogueira
Site: http://turista-de-plantao.blogspot.com/
3 horas 11 minutos atrás
[Responder] 1 voto [Photo][Photo][Photo] E o pior de tudo isso é que ainda precisaremos esperar mais 1 ano para ver E o pior de tudo isso é que ainda precisaremos esperar mais 1 ano para ver se o mundo acaba mesmo ou não... E aí eu me pergunto: será que é tão importante assim recriar o Big Bang? Não nos basta saber o que já sabemos sobre o início de tudo??? Não seria mais lógico investir na criação de soluções para futuro do que tatear o passado??? Tanto dinheiro gasto com o que já foi... E como fica o que será ???



Olá Nanda, muito obrigada por seu comentário, muito inspirador para mim. Na minha percepção esse dinheiro todo sendo gasto com o passado, só se justificaria, se fosse para investigar o comportamento humano, e analisar por que o homem ainda repete os mesmo erros, como as guerras por exemplo, por que o homem consegue evoluir tanto no plano científico, tecnológico e não consegue tomar prumo de suas humanidades? Por que com tantos estudos e pesquisas o homem ainda é algoz de sua própria raça? Não vivemos mais somente a destruição do homem pelo homem, tragicamente vivemos o abandono do homem pelo homem. Caso contrário o que justificaria o assassinato de milhares de vidas inocentes? E a escravidão em todas as suas formas? E o capital valer mais que própria vida?Há mortes em grandes escalas por dinheiro nesse mundo, e esse genocídio tem consentimento institucional é sancionado pela Lei a lei que burla própria lei, a de ser justo. Investigar as raízes do comportamento humano, pelas vias do passado somente se for para perguntar , onde se desviou o homem nos caminhos de sua evolução, porque esse desequilíbrio entre o avanço cientifico-tecnológico e o senso de humanidade? Por que na medida que avançamos e nos sofisticamos mais perdemos a qualidade de vida no planeta TERRA? E por fim, por que nós permitimos isso? Respondendo a sua pergunta, como ficará o que será, acho que ficará como cada um de nós ousar mudar o que aí está, não aceitando um mundo pronto, que não tem mais jeito, o que faz o sistema funcionar é união, para o bem ou para o mal.Creio que na história da humanidade tivemos muitos exemplos disso, alguns deles tenebrosos, outros maravilhosos. O que nós escolhemos? Deixo aqui para nossa reflexão um pouco do querido Hermann Hesse –

“De nada adianta caracterizar-se a guerra, a técnica, o delírio do dinheiro, o nacionalismo etc. como de valor inferior. É preciso substituir os ídolos temporais por uma crença. Uma crença e não a crença. E não, ou pelo menos não exclusivamente, uma crença numa determinada Igreja. A crença como entendo dirige-se a uma outra coisa: Creio nos homens. Creio nas leis da humanidade, que são milenares. Creio que, apesar do seu absurdo patente, a vida ainda assim tem um sentido (...) a voz desse sentido, ouço-a em mim mesmo (...) O que a vida exige de mim, nesses instantes, quero tentar realizar, mesmo indo contra os padrões vigentes e as leis comuns.” 1931. Trecho retirado do livro Minha Fé