foto: Elena Kalis Underwater Photography
Quando
supervalorizamos, endeusamos, esquecemos que tudo é sagrado! Perdemos a
dimensão do todo e ficamos apenas com a parte!
Acreditar
que alguém tem o poder de ser herói é abrir mão de nossa própria incumbência.
Precisamos nos perguntar, porque necessitamos de heróis! Por que precisamos de
alguém ou de uma estrutura ideológica como objeto de adoração?
Parece que o
capitalismo, tem a propriedade de cooptar qualquer coisa que atinja uma grande
popularidade para seu uso, ou seja, para seu próprio benefício, e para
manipular opiniões! Tanto assim que o primeiro super-herói, o Super Man foi
criado e serviu para projetos ideológicos. “Eles” têm super poderes e podem
dominar o mundo! Dominar o mundo! Esse é o projeto de poder por trás!
Vivemos numa
sociedade que lança expectativas sobre nós desde o útero materno, somos sempre
alvos de enormes expectativas que muitas vezes não tem nada a ver com nosso eu
essencial e que nos sobrecarregam sufocando nossas reais potencialidades. Nossa
criança interior fez negociações por amor e muitas das quais não têm a menor
condição de cumprir! Crenças, ficções, que alimentam uma perfeição impossível
de ser alcançada! Ser herói/heroína é uma delas!
Portanto, se
você quer que alguém se destrua e sucumba ao peso de um esforço sobre-humano –
torne-a um herói/heroína! Porque, convenhamos, até que ponto um super herói/heroína
pode ser considerado um ser humano? Temos o direito de retirar-lhes a
humanidade, sua vulnerabilidade? E como será a vida secreta de nossos heróis? O que
acontece em seu mundo secreto quando precisam enfrentar a relação com seu
verdadeiro eu? A que imagem mitificada
tem o herói que corresponder? É possível sustentar sem se diluir? Não será essa
lógica semelhante aquela que a mídia utiliza para hipnotizar com suas novelas?
E que fabrica tal espetáculo para de propósito confundir ficção com realidade e
com isso dessensibilizar, adiar nossa autonomia, nosso amadurecimento?
A dor de
existir é algo inescapável!
Se temos
possibilidade de ter nossa expressão no mundo e ser referência para outras
pessoas, então nosso empenho serve apenas para
lembrar que todos somos frágeis e que precisamos desenvolver nosso
potencial para cumprir nossa tarefa, nossos dons! Transferir nossa
responsabilidade para quem quer que seja pode ser muito confortável, mas é um
enorme egoísmo!
Estamos
construindo novas formas de estar no mundo, nem um líder, nem multidão!
Singularidades simples, meia dúzia de gatos pingados em cada esquina, em cada
praça, ajudando a recordar nossa humanidade, nossa interdependência!
Que o
ativismo político atual possa alcançar a capacidade de criar uma nova ética planetária
onde cada um lança uma semente para contribuir com um mundo onde haja justiça
social, tomando cada um seu próprio dom e potencialidade para gerar um tempo
onde as futuras crianças não precisem de heróis, pois a vida será sagrada!
que lindo demais
ResponderExcluirGrata Pedro pela sua visita e comentário! Você poderá gostar também das postagens - Crescer é uma Aventura Interminável e Momentum Perfeito - Sintonia existencial.
ResponderExcluirSaudações