ASSIM OS ANIMAIS DIZEM "TE AMO
Animais costumam misturar ternura e agressividade em seu relacionamento amoroso. É a sábia natureza que os faz assim, para garantir que as espécies se reproduzam e sobrevivam. E os obriga a estranhos rituais, marcados por lutas de vida e morte, fantásticos truques de sedução, cuidados com as crias.
Quem já teve a oportunidade de presenciar os jogos amorosos de um casal de rinocerontes, por exemplo, percebeu isto: machos e fêmeas dão encontrões violentos, vezes e vezes seguidas, como se estivessem fazendo a guerra e não o amor. Mas quando livres de sua agressividade tudo se transforma.
Veja-se o que acontece com o tigre, por exemplo. Para chegar ao acasalamento, o macho precisa de uma grande paciência para acalmar a fêmea, que rosna, negaceia, dá-lhe patadas. Uma vez consumada a fecundação, ele precisará fugir rapidamente, pois a companheira terá uma invencível vontade de matá-lo. E, ainda assim, se o nosso herói for persistente, acabará por estabelecer com essa parceira uma relação duradoura, capaz de produzir muitos outros tigrezinhos no futuro -- e outras tantas ameaças de assassínio.
Rãs, ao contrário, são mais românticas e sexualmente liberadas. Ao macho, basta manifestar seu desejo coaxando de uma maneira especial: se a resposta vier no mesmo tom, tudo bem. Ele precisará então arranjar um companheiro, pois os encontros amorosos da espécie são sempre festivos, coloridos e coletivos.
Por isso mesmo a natureza costuma dotar os animais de bloqueios, para evitar que sua disposição para a luta não ultrapasse os limites da conveniência. E é surpreendente verificar como as formas de vida das diferentes espécies está relacionada com a agressividade dos seus membros. Se machos e fêmeas são pacíficos, formarão colônias; se só o macho é agressivo, formarão haréns; se ambos são agressivos, formarão um par capaz de manter uma longa união monogâmica.
Fontes: Super interessante http://www.ambienteemfoco.com.br http://spaces.msn.com/ambienteemfoco/
Foto: Angel Paulino Domínguez