sábado, 20 de setembro de 2008

Os animais também amam

ASSIM OS ANIMAIS DIZEM "TE AMO

Animais costumam misturar ternura e agressividade em seu relacionamento amoroso. É a sábia natureza que os faz assim, para garantir que as espécies se reproduzam e sobrevivam. E os obriga a estranhos rituais, marcados por lutas de vida e morte, fantásticos truques de sedução, cuidados com as crias. O amor e o ódio se tocam. O primeiro pode, inesperadamente, transformar-se no segundo. E vice-versa. No reino animal, esta máxima toma a força de quase uma lei.

Quem já teve a oportunidade de presenciar os jogos amorosos de um casal de rinocerontes, por exemplo, percebeu isto: machos e fêmeas dão encontrões violentos, vezes e vezes seguidas, como se estivessem fazendo a guerra e não o amor. Mas quando livres de sua agressividade tudo se transforma. Tal como entre os humano, entre os bichos também não é fácil a vida de um macho conquistador. Dele se espera que seja corajoso, fisicamente forte e dono de uma extraordinária imaginação. Pois quase sempre precisará passar por provas complicadas, sendo obrigado a cantar de forma especial ou a exibir plumagens elegantes, perfumes sedutores, praticar gestos que em qualquer outra situação pareceriam ridículos. Mais comum é ele precisar enfrentar batalhas de vida ou morte com os machos interessados na mesma namorada, ou então com a própria eleita do seu coração.

Veja-se o que acontece com o tigre, por exemplo. Para chegar ao acasalamento, o macho precisa de uma grande paciência para acalmar a fêmea, que rosna, negaceia, dá-lhe patadas. Uma vez consumada a fecundação, ele precisará fugir rapidamente, pois a companheira terá uma invencível vontade de matá-lo. E, ainda assim, se o nosso herói for persistente, acabará por estabelecer com essa parceira uma relação duradoura, capaz de produzir muitos outros tigrezinhos no futuro -- e outras tantas ameaças de assassínio. Um romance entre aranhas pode ter final parecido se o macho, em geral menor e mais fraco, não tomasse o cuidado de se apresentar à sua eleita com um presente galante -- um petisco qualquer para saciar seu apetite.

Rãs, ao contrário, são mais românticas e sexualmente liberadas. Ao macho, basta manifestar seu desejo coaxando de uma maneira especial: se a resposta vier no mesmo tom, tudo bem. Ele precisará então arranjar um companheiro, pois os encontros amorosos da espécie são sempre festivos, coloridos e coletivos. Mas o traço mais característico e comum do amor entre os animais é a agressividade. Que não é gratuita nem questão de temperamento, mas tem uma profunda significação. Ela se destina tanto a proteger um território onde apenas um macho deve reinar soberano, como a selecionar os mais fortes da espécie, para que apenas eles produzam filhotes igualmente fortes; ou, finalmente, a proteger as crias, que jamais podem se confundir com as crias de outro casal. Leões e leoas são assim. Bravos e mal-humorados com estranhos, fazem tudo para defender seu território e suas crias. Essa agressividade, portanto, é indispensável para garantir a sobrevivência das espécies. Mas, se sofrem algum tipo de controle, podem levar também ao caos e ao extermínio.

Por isso mesmo a natureza costuma dotar os animais de bloqueios, para evitar que sua disposição para a luta não ultrapasse os limites da conveniência. E é surpreendente verificar como as formas de vida das diferentes espécies está relacionada com a agressividade dos seus membros. Se machos e fêmeas são pacíficos, formarão colônias; se só o macho é agressivo, formarão haréns; se ambos são agressivos, formarão um par capaz de manter uma longa união monogâmica.

Fontes: Super interessante http://www.ambienteemfoco.com.br http://spaces.msn.com/ambienteemfoco/

Foto: Angel Paulino Domínguez

5 comentários:

  1. Belíssimo texto. Eles mais do que amam, nos ensinam a amar mais.
    Parabéns pelo post! :-)

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  2. É, de facto, uma informação interessante. O mundo animal contém inúmeros ensinamentos para nós, humanos.
    Parabéns pelo artigo!

    Milouska

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  3. Margareth,

    Cada espécie tem as suas caracteristicas próprias,pois depende do ambiente que vive e sua alimentação,das genéticas energias internas e nível de inteligência...todos estes factores juntam-se.
    A sexualidade depois vai reflectir as personalidades de cada um,e dentro de cada espécie há aqueles mais agressivos que outros.

    O mundo animal é fascinante amiga,muito para aprendermos temos com ele,com todo o género de diferenças e diversidades.

    Abraço amiga,um bom domingo,
    joao

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  4. Oi Margareth

    Realmente lendo este texto não da pra não pensar que realmente somos animais, e apesar de acreditarmos, por vezes não somos nenhum um pouco racionais. Grande parte de nós animais racionais fazemos as maiores barbaridades em nome do "Eu te amo"!

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  5. Oi amiga!!! Que lindo texto!

    beijinho

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